segunda-feira, 30 de janeiro de 2012





ELES SÃO TERCEIRO MUNDO... POIS.


Moza Banco "está tomar medidas legais" sobre proibição de trabalho de administrador

19 de Janeiro de 2012, 07:48

Maputo, 19 jan (Lusa) - O Moza Banco anunciou hoje que está a "tomar medidas legais adequadas" para "defesa dos interesses da instituição", sobre a proibição de trabalho que as autoridades moçambicanas aplicaram a um seu administrador português.

"No âmbito da inspecção levada a cabo pelo Ministério de Trabalho, o Moza Banco foi notificado sobre algumas irregularidades laborais", refere um comunicado da instituição, publicado hoje na sua página electrónica.

O banco acrescenta que estão a ser "tomadas as medidas legais adequadas, em fóruns competentes, tendo em vista a defesa dos interesses da instituição" e que "a notificação recebida do Ministério do Trabalho em nada afeta o seu normal funcionamento nem o seu processo de expansão e modernização em curso."

Na quarta-feira o gabinete da ministra do Trabalho anunciou que o administrador do Moza Banco José Pinto Ribeiro, de nacionalidade portuguesa, foi proibido de trabalhar em Moçambique "por mau comportamento na relação com os trabalhadores moçambicanos".

Em comunicado, o gabinete da ministra Helena Taipo acusa Pinto Ribeiro de proferir palavras injuriosas aos seus colaboradores moçambicanos, "incluindo atos de racismo e, por vezes, obrigando-os a trabalhar até às 02:00 da madrugada sem direito a descanso nem remuneração".

José Pinto Ribeiro, vogal da administração do Moza Banco, representava o BES África nesta instituição, cuja estrutura cionista é composta pela Moçambique Capitais, grupo moçambicano com 220 220 acionistas (50.1%), BES África, do Grupo Espírito Santo (25.1%) e Geocapital, uma sociedade luso-macaense (24.5%).

O mesmo comunicado refere que outros dois portugueses, Marcos Albarroado e Sérgio Alves, "foram encontrados pela Inspeção do Trabalho em situação de ilegais no Moza Banco, consequenciando assim a sua suspensão imediata".

O Banco, presidido por Prakashchandra Ratilal, tem 10 unidades de negócios em Moçambique, tendo a última sido inaugurada em Maputo no último mês de dezembro.

LAS.

Lusa/fim

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


"Cavaco Silva revela-se um híbrido em termos de macro-influências socializadoras: se, por um lado, bebe no sonho da “alegre casinha portuguesa”, “modesta, asseadinha mas minha”, por outro, mergulha já no frenesim neo-liberal do consumismo hedonista. Não lhe basta uma casa, tem várias, sendo a mais conhecida uma sofisticada mansão no aldeamento onde pululam os senhores do BPN. Além do mais, não se limita a guardar dinheiro no banco, esperando o magro juro: move influências, compra acções (novamente do BPN) a preço do amigo Oliveira e Costa e tem um plano de investimentos com alguma estratégia, fruto, certamente, das aprendizagens académicas e outras."

João Teixeira Lopes - sociólogo e docente da Universidade do Porto


ANDA A ESPERNEAR!







segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Marta Leite Castro diz que foi "erro crasso" ter nascido em Portugal"



A apresentadora de Só Visto revelou durante um programa de Jô Soares que preferia ter nascido no Brasil. O apresentador reagiu e declarou: ?Não fala em erro crasso. Que é isso, menina??

Marta Leite Castro afirmou no programa de Jô Soares que ter nascido em Portugal "foi um erro crasso". A apresentadora do programa 'Só Visto', da RTP, namorava na altura com o actor Paulo Betti, que era o convidado do programa. Quando questionada sobre a sua presença no Brasil, Marta respondeu: "Eu venho já há muitos anos ao Brasil. O meu avô emigrou para aqui nos anos 40, o meu pai nasceu aqui, então houve aqui um erro crasso, eu fui nascer para Portugal, quando eu queria ter nascido aqui".

O apresentador Jô Soares parece ter ficado surpreendido com a revelação e declarou: "Não fala em erro crasso. Que é isso, menina?". Contactada pelo Jornal 24horas, Marta Leite Castro mostrou-se indignada por ter sido abordada com o assunto. "Você não sabe ouvir? Não é nada disso que eu digo lá."

Marta Leite Castro confrontou ainda o jornalista do 24h: "O seu problema é que como não tem nada para fazer e a sua vida é coser botões, está a chatear-me com esse assunto. Publique isso e vai ver o que lhe acontece. Eu já fiz a vida negra a muitos jornalistas. Você não é ninguém, não tem carteira de jornalista e deve ganhar mil euros e tem de passar o dia a inventar notícias".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Artigo do filósofo e sociólogo francês Jacques Amaury



"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário.
Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.

Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda.
Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.

Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
Jacques Amaury

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012



Nós os portugueses, temos a mania do respeitinho, somos afinal pouco dados ao respeito. A nós e aos outros.

Ficamos no respeitinho (“que é bonito”), mas de beleza está o inferno cheio.

Não respeitamos a nossa língua, agora o que é moda é ter tudo nomes em inglês (“temos de nos internacionalizar”), não nos orgulhamos de ser a sexta língua mais falada no mundo.

Não nos orgulhamos da nossa rica cultura, mesclado de arabes, judeus, povos do norte da Europa, e dos Lusitanos. Das nossa fronteiras, as mais antigas do mundo, dos nossos quase 9 séculos de história como nação.

Não nos respeitamos como indivíduos, deixando que os poderosos e ricos usem e abusem, sem protestar, qual invólucro que depois de não ter utilidade, é despejado no lixo.

E principalmente não temos respeito pelo outro, desatentos e deseducados avaliamos as coisas pela superfície, acreditamos em todo o que nos impingem, e não aplaudimos a coragem, a lucidez, a inteligência, a honra. Tudo se avalia pela riqueza monetária e pelo poder. Ficamos pelo “respeitinho”. Ai se vê como somos “pequeninos”