terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
ELES SÃO TERCEIRO MUNDO... POIS.
19 de Janeiro de 2012, 07:48
Maputo, 19 jan (Lusa) - O Moza Banco anunciou hoje que está
a "tomar medidas legais adequadas" para "defesa dos interesses
da instituição", sobre a proibição de trabalho que as autoridades
moçambicanas aplicaram a um seu administrador português.
"No âmbito da inspecção levada a cabo pelo Ministério
de Trabalho, o Moza Banco foi notificado sobre algumas irregularidades
laborais", refere um comunicado da instituição, publicado hoje na sua
página electrónica.
O banco acrescenta que estão a ser "tomadas as medidas
legais adequadas, em fóruns competentes, tendo em vista a defesa dos interesses
da instituição" e que "a notificação recebida do Ministério do
Trabalho em nada afeta o seu normal funcionamento nem o seu processo de
expansão e modernização em curso."
Na quarta-feira o gabinete da ministra do Trabalho anunciou
que o administrador do Moza Banco José Pinto Ribeiro, de nacionalidade portuguesa,
foi proibido de trabalhar em Moçambique "por mau comportamento na relação
com os trabalhadores moçambicanos".
Em comunicado, o gabinete da ministra Helena Taipo acusa
Pinto Ribeiro de proferir palavras injuriosas aos seus colaboradores
moçambicanos, "incluindo atos de racismo e, por vezes, obrigando-os a
trabalhar até às 02:00 da madrugada sem direito a descanso nem
remuneração".
José Pinto Ribeiro, vogal da administração do Moza Banco,
representava o BES África nesta instituição, cuja estrutura cionista é composta
pela Moçambique Capitais, grupo moçambicano com 220 220 acionistas (50.1%), BES
África, do Grupo Espírito Santo (25.1%) e Geocapital, uma sociedade
luso-macaense (24.5%).
O mesmo comunicado refere que outros dois portugueses,
Marcos Albarroado e Sérgio Alves, "foram encontrados pela Inspeção do
Trabalho em situação de ilegais no Moza Banco, consequenciando assim a sua
suspensão imediata".
O Banco, presidido por Prakashchandra Ratilal, tem 10
unidades de negócios em Moçambique, tendo a última sido inaugurada em Maputo no
último mês de dezembro.
LAS.
Lusa/fim
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
"Cavaco Silva revela-se um híbrido em termos de
macro-influências socializadoras: se, por um lado, bebe no sonho da “alegre
casinha portuguesa”, “modesta, asseadinha mas minha”, por outro, mergulha já no
frenesim neo-liberal do consumismo hedonista. Não lhe basta uma casa, tem
várias, sendo a mais conhecida uma sofisticada mansão no aldeamento onde
pululam os senhores do BPN. Além do mais, não se limita a guardar dinheiro no
banco, esperando o magro juro: move influências, compra acções (novamente do
BPN) a preço do amigo Oliveira e Costa e tem um plano de investimentos com
alguma estratégia, fruto, certamente, das aprendizagens académicas e
outras."
João Teixeira Lopes - sociólogo e docente da Universidade do
Porto
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Marta Leite Castro diz que foi "erro crasso" ter nascido em Portugal"
A apresentadora de Só Visto revelou durante um programa de Jô Soares que preferia ter nascido no Brasil. O apresentador reagiu e declarou: ?Não fala em erro crasso. Que é isso, menina??
Marta Leite Castro afirmou no programa de Jô Soares que ter nascido em Portugal "foi um erro crasso". A apresentadora do programa 'Só Visto', da RTP, namorava na altura com o actor Paulo Betti, que era o convidado do programa. Quando questionada sobre a sua presença no Brasil, Marta respondeu: "Eu venho já há muitos anos ao Brasil. O meu avô emigrou para aqui nos anos 40, o meu pai nasceu aqui, então houve aqui um erro crasso, eu fui nascer para Portugal, quando eu queria ter nascido aqui".
O apresentador Jô Soares parece ter ficado surpreendido com a revelação e declarou: "Não fala em erro crasso. Que é isso, menina?". Contactada pelo Jornal 24horas, Marta Leite Castro mostrou-se indignada por ter sido abordada com o assunto. "Você não sabe ouvir? Não é nada disso que eu digo lá."
Marta Leite Castro confrontou ainda o jornalista do 24h: "O seu problema é que como não tem nada para fazer e a sua vida é coser botões, está a chatear-me com esse assunto. Publique isso e vai ver o que lhe acontece. Eu já fiz a vida negra a muitos jornalistas. Você não é ninguém, não tem carteira de jornalista e deve ganhar mil euros e tem de passar o dia a inventar notícias".
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Artigo do filósofo e sociólogo francês Jacques Amaury
"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da
sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar
crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se
sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de
adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e
o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes
laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo
actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios
de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas,
fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas
que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para
deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios
estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais
partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública,
o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse
quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na
especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção
especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais
pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis
e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados,
funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos
e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam,
transformando-se num enorme peso bruto e parasitário.
Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos
professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas
dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos
problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas
de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social
Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo
líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado.
Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas
com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus
princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE
(Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma
linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um
horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente
formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista)
menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo
latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e
portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o
status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a
impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono,
nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no
secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe
é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema
deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade,
pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e
com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar
uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe"
recomenda.
Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente
distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais,
está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento
dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e
calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos
directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via
partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já
descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de
trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil
formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes,
foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais
esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam
dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto
diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas
recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da
apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a
população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma
justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a
ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
Jacques Amaury
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Nós os portugueses, temos a mania do respeitinho, somos afinal pouco dados ao respeito. A nós e aos outros.
Ficamos no respeitinho (“que é bonito”), mas de beleza está o inferno cheio.
Não respeitamos a nossa língua, agora o que é moda é ter tudo nomes em inglês (“temos de nos internacionalizar”), não nos orgulhamos de ser a sexta língua mais falada no mundo.
Não nos orgulhamos da nossa rica cultura, mesclado de arabes, judeus, povos do norte da Europa, e dos Lusitanos. Das nossa fronteiras, as mais antigas do mundo, dos nossos quase 9 séculos de história como nação.
Não nos respeitamos como indivíduos, deixando que os poderosos e ricos usem e abusem, sem protestar, qual invólucro que depois de não ter utilidade, é despejado no lixo.
E principalmente não temos respeito pelo outro, desatentos e deseducados avaliamos as coisas pela superfície, acreditamos em todo o que nos impingem, e não aplaudimos a coragem, a lucidez, a inteligência, a honra. Tudo se avalia pela riqueza monetária e pelo poder. Ficamos pelo “respeitinho”. Ai se vê como somos “pequeninos”
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
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