19 de Janeiro de 2012, 07:48
Maputo, 19 jan (Lusa) - O Moza Banco anunciou hoje que está
a "tomar medidas legais adequadas" para "defesa dos interesses
da instituição", sobre a proibição de trabalho que as autoridades
moçambicanas aplicaram a um seu administrador português.
"No âmbito da inspecção levada a cabo pelo Ministério
de Trabalho, o Moza Banco foi notificado sobre algumas irregularidades
laborais", refere um comunicado da instituição, publicado hoje na sua
página electrónica.
O banco acrescenta que estão a ser "tomadas as medidas
legais adequadas, em fóruns competentes, tendo em vista a defesa dos interesses
da instituição" e que "a notificação recebida do Ministério do
Trabalho em nada afeta o seu normal funcionamento nem o seu processo de
expansão e modernização em curso."
Na quarta-feira o gabinete da ministra do Trabalho anunciou
que o administrador do Moza Banco José Pinto Ribeiro, de nacionalidade portuguesa,
foi proibido de trabalhar em Moçambique "por mau comportamento na relação
com os trabalhadores moçambicanos".
Em comunicado, o gabinete da ministra Helena Taipo acusa
Pinto Ribeiro de proferir palavras injuriosas aos seus colaboradores
moçambicanos, "incluindo atos de racismo e, por vezes, obrigando-os a
trabalhar até às 02:00 da madrugada sem direito a descanso nem
remuneração".
José Pinto Ribeiro, vogal da administração do Moza Banco,
representava o BES África nesta instituição, cuja estrutura cionista é composta
pela Moçambique Capitais, grupo moçambicano com 220 220 acionistas (50.1%), BES
África, do Grupo Espírito Santo (25.1%) e Geocapital, uma sociedade
luso-macaense (24.5%).
O mesmo comunicado refere que outros dois portugueses,
Marcos Albarroado e Sérgio Alves, "foram encontrados pela Inspeção do
Trabalho em situação de ilegais no Moza Banco, consequenciando assim a sua
suspensão imediata".
O Banco, presidido por Prakashchandra Ratilal, tem 10
unidades de negócios em Moçambique, tendo a última sido inaugurada em Maputo no
último mês de dezembro.
LAS.
Lusa/fim
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