Entretanto o poder do dinheiro substituiu o poder politico e os governos são fortes com os fracos e fracos com os fortes. E o povo lá vai sendo anestesiado com as Floritontas, Mongos com Açúcar, criancinhas com HIV (que são ceguinhas, tuberculosas, com uma mãe que é prostituta, um padrasto que lhes bate, um avô pedófilo e um pai que está preso por tráfico de droga), criancinhas que têm direito a um Magalhães e uma visita a um programa matinal apresentado por um Manuel Luís Goucha ou uma Fátima Lopes, ou então andamos entretidos com as Ronaldetes, ou com umas bestas futebolísticas a incentivarem á violência acompanhada por umas claques de grunhos.
E tudo isto o povo adora, e depois queixa-se de tudo e de nada, que “se fosse eu” mandava fazer isto e aquilo e matava tudo e todos, e com requintes de malvadez, pois o povinho é que sabe o que é bom para o país e tem opiniões sábias sobre todos os assuntos. Só que quando lhe pedem para decidir, ele não vota, não reclama por escrito, ignora os outros, tenta o “favorzinho” do primo, e no Natal é todo delicodoce, ele é amor aos rodos, e no Ano Novo lá faz o discurso “ o meu maior desejo é que acabe a fome e haja paz no mundo”.
Quando é chamado a ser um cidadão interveniente esconde-se lá atrás só para espreitar que “um home tem de estar informado”.
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