quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As pessoas vivem em comunidade mas parecem viver só para os seus egos. A cidadania passa-lhes ao lado, não a exercem e não querem saber, os outros que a pratiquem que eles têm mais que fazer. Só exigimos do Estado e nunca nos questionamos o que podemos nós fazer pelos outros ou por nós próprios, e esquecemos que o Estado somos todos nós.

Todos acham que a politica não lhes interessa, que todos os políticos são iguais e corruptos, “eles querem é tacho, se fosse eu fazia o mesmo”, e até há os que acham que a ditadura devia voltar. Só que se esquecem que são iguais a “esses” ou piores porque nada fazem para mudar as coisas, se não lá se perdia a benesse que tem “lá naquele sítio”.

E o português gabarola e desprendido afasta-se cada vez mais do português generoso que nos distingue dos outros povos. Lá fora somos bons, cá dentro improdutivos. E poucos se questionam sobre as razões de tal, e os governantes, esses batem as palmas pelo nosso cada vez maior desinteresse e pela nossa falta ás urnas de voto, porque assim eles vão-se perpetuando no poder, num jogo de interesses sujos fomentados pela necessidade de manter os privilégios e a conta bancária recheada (e de preferência num paraíso fiscal, porque isto de fugir aos impostos não é para os pobres).

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