terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Existe hoje em dia uma ideia generalizada, muito difundida pelos órgãos de comunicação social, que adoram fazer comparações com países mais desenvolvidos que Portugal, de que somos medíocres.

Perdeu-se o orgulho de nação com nove séculos de história como nação e de um povo que detêm as fronteiras mais antigas do mundo, e de tudo o que de bom temos e sabemos fazer.

E como chegámos a este ponto que parece sem retorno?
As pessoas perderam o ânimo e deixaram de acreditar nelas, nos seus compatriotas e nas instituições que nos deveriam governar e proteger. Ainda estamos á espera que D. Sebastião nos venha salvar do abismo em que nos metemos e a quem ninguém dá uma corda para treparmos de volta para cima.

Somos os nostálgicos da Europa que ainda andam nas caravelas (e como o gostamos de lembrar aos outros esse nosso passado longínquo).
E onde está esse arrojo dos Descobrimentos agora?

Tememos as mudanças e somos lentos nas reformas que deveriam acompanhar a nossa evolução como seres humanos e como povo.
Passámos de uma monarquia, para uma república legitimada por um assassinato e caótica e que nos levou a uma ditadura que nos consumiu de 28 de Maio de 1926 até 25 de Abril de 1974.
Depois andámos armados em revolucionários de pacotilha durante longos dezanove meses e finalmente lá veio a “democracia”.

Mas os tiques e hábitos de povinho obediente, sofredor, astuto e manhoso ficaram vincados e nem com lixívia “Neoblanc” ou “Cillit Bang” desaparece.
Continuamos cheios de pregos na cabeça e quem não os tem ou é maluco ou então um perigoso anarquista que tem de ser internado ou preso.

Sem comentários: