Existe hoje em dia uma ideia generalizada, muito difundida pelos órgãos de comunicação social, que adoram fazer comparações com países mais desenvolvidos que Portugal, de que somos medíocres.
Perdeu-se o orgulho de nação com nove séculos de história como nação e de um povo que detêm as fronteiras mais antigas do mundo, e de tudo o que de bom temos e sabemos fazer.
E como chegámos a este ponto que parece sem retorno?
As pessoas perderam o ânimo e deixaram de acreditar nelas, nos seus compatriotas e nas instituições que nos deveriam governar e proteger. Ainda estamos á espera que D. Sebastião nos venha salvar do abismo em que nos metemos e a quem ninguém dá uma corda para treparmos de volta para cima.
Somos os nostálgicos da Europa que ainda andam nas caravelas (e como o gostamos de lembrar aos outros esse nosso passado longínquo).
E onde está esse arrojo dos Descobrimentos agora?
Tememos as mudanças e somos lentos nas reformas que deveriam acompanhar a nossa evolução como seres humanos e como povo.
Passámos de uma monarquia, para uma república legitimada por um assassinato e caótica e que nos levou a uma ditadura que nos consumiu de 28 de Maio de 1926 até 25 de Abril de 1974.
Depois andámos armados em revolucionários de pacotilha durante longos dezanove meses e finalmente lá veio a “democracia”.
Mas os tiques e hábitos de povinho obediente, sofredor, astuto e manhoso ficaram vincados e nem com lixívia “Neoblanc” ou “Cillit Bang” desaparece.
Continuamos cheios de pregos na cabeça e quem não os tem ou é maluco ou então um perigoso anarquista que tem de ser internado ou preso.
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