O Estado Novo não teve, apesar de anos 48 de permanência, heróis próprios.
Nem a participação portuguesa na 1ª guerra mundial, nem a guerra colonial.
A explicação é óbvia.
Salazar torceu o nariz aos monárquicos do golpe de 28 de Maio de 1926.
E Nuno Álvares Pereira tornou-se o símbolo heróico do Estado Novo. E é apresentado como um homem santo.
Viriato só é recuperado aquando do início da Guerra Colonial.
D. Afonso Henriques era exaltado por ter sido o criador da nação.
No entanto eram exaltados dentro dos limites impostos pelo regime.
As circunstâncias da história em que havia aspectos de rebelião ou sublevação eram omitidas ou suavizadas.
O Estado Novo remeteu as Descobertas para o Infante D. Henrique. A sua imagem passada para os livros de história é a mesma que se encontra nos Painéis de São Vicente.
Tudo beato, triste e composto.
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