Tanto faz ser da direita ou da esquerda... eles estão em
todas....
Isto é que é um País !!!!
Qualquer desgraçado que deva ao fisco meia dúzia de
cêntimos, bloqueiam-lhe logo a conta bancária, e até lhe confiscam o miserável
do ordenado. Para esta "gente" não se faz nada !!! ????? Até na
prisão onde ele está agora, tem tratamento de VIP, os outros presos, tem
tratamento que merecem, porque são delinquentes.!!!!!
E é este artista que tinha um blogue com passagens biblicas
para debate ... !!!
Desde os anos 80 que Duarte Lima está envolto em negócios e
em contradições.Enriqueceu rapidamente e, apesar dos rendimentos inexplicados e
de aparentes esquemas para esconder o património, nunca foi acusado pela
Justiça
BOLSA
Esta é a versão de Duarte Lima para ter começado a
enriquecer: em 1987 apostou 20 mil contos (€100 mil) na Bolsa de Lisboa. Em
dois anos..., terá tido 80 mil contos de lucro líquido, aproveitando a euforia
dos mercados.
VIA VENETTO
Nesse ano, o advogado compra um andar de luxo no edifício
Via Venetto, situado na avenida João XXI, em Lisboa (antes vivia num modesto
andar em Linda-a-Velha, que venderia por 8 mil contos em 1989). Com uma área de
300m2. Lima disse que o comprou por 36 mil contos. O construtor afirmou que foi
por 50 mil contos. Nunca se soube ao certo o valor real. O advogado não
celebrou o contrato de compra e venda e, aproveitando um buraco na lei, também
não pagou o imposto de sisa. O Via Venetto é do construtor José Cristóvão, que
se recusou a falar ao Expresso.
DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS
Na declaração de rendimentos entregue ao Tribunal
Constitucional (TC) em 1991, mantém como património o apartamento de
Linda-a-Velha (que já tinha sido vendido) e uma moradia em Miranda do Douro,
que tinha comprado para a mãe em 1978. Esqueceu-se do Via Venetto.
EDIFÍCIO VALMOR
Em 1993, mudou-se para um edifício a poucos metros, do mesmo
construtor. Os dois apartamentos do 11º andar no Edifício Valmor foram
geminados e têm 600m2, com um valor que na altura rondaria os 230 mil contos.
Duarte Lima declarou 45 mil contos na escritura e só por um dos apartamentos. O
outro andar ficou em nome da mãe do seu adjunto no Parlamento e sócio no
escritório de advogados, Vítor Fonseca. Apesar de o piso inteiro ter sido
desenhado de origem para ser um único apartamento. Em sua defesa, Lima alegou
que tinha um contrato de aluguer de 200 contos por mês com Emília Fonseca.
QUINTA DE NAFARROS
Entre 1993 e 1994, Lima comprou seis terrenos em Nafarros,
Sintra, juntando-os numa única propriedade de três hectares. As escrituras
foram feitas em nome de Alda Lima de Deus, uma sobrinha (que também não falou
ao Expresso) sem rendimentos. As escrituras referiam 31 mil contos, mas,
segundo uma investigação do jornal “O Independente”, na altura terão sido
gastos 141.500 contos com as compras. Quer Alda quer os vendedores tinham como
procurador Vítor Fonseca, o homem de confiança do advogado. O arquiteto que
desenhou os muros da quinta admitiu que foi Lima quem o contratou. O então
deputado argumentou que a sobrinha representava um empresário do norte, que
também não quis falar com o Expresso.
CRÉDITO E BMW
Na sequência do escândalo de Nafarros, deixa a liderança da
bancada laranja, sendo substituído por Pacheco Pereira. O novo líder
parlamentar mandou suspender um cartão de crédito do PSD que Lima usava e que
não tinha limite de gastos e mostrou o desagrado pelo facto de ter devolvido
tardiamente o BMW de serviço. O advogado só terá conseguido justificar um terço
dos gastos feitos com o cartão.
DÍVIDA AO FISCO
Ao jornal “O Independente”, Duarte Lima disse que o seu
património e os seus rendimentos foram objeto de inspecção pelas Finanças e que
nenhuma irregularidade tinha sido encontrada. O jornal desmentiu-o, com a
confirmação do diretor-geral dos Impostos, de que estava em andamento uma
execução fiscal contra o advogado por uma dívida de 800 contos de IVA.
CEM CONTAS
No decurso da investigação aos negócios imobiliários (que
viria a ser arquivada), a PJ descobriu, em 1997, que o advogado tinha cem
contas bancárias, em Portugal e no estrangeiro. Lima tinha dito às autoridades
que só possuía meia dúzia. Foi apurado que, entre 1986 e 1994, recebeu um
milhão de contos em depósitos (750 mil em dinheiro), valor muito superior ao
declarado às finanças (entre 1987 e 1995 declarou 180 mil contos). Na altura,
justificou ao Expresso: “Os depósitos nas contas não significam que sejam
sempre rendimentos tributáveis”.
QUINTA DO LAGO
Entre 2002 e 2003, construiu uma mansão na Quinta do Lago,
que registou em nome de uma offshore com o valor de €5,8 milhões. Essa casa
está agora à venda por €10 milhões.
BPN
Desde 2002 tem vindo a contrair empréstimos no BPN, mantendo
uma relação próxima com o banqueiro Oliveira Costa. Deve €5,8 milhões ao banco,
estando sob investigação do MP, por suspeita de fraude e burla.
DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS II
Na sua condição de deputado, não incluiu a casa da Quinta do
Lago e os créditos no BPN nas declarações de rendimentos entregues em 2002,
2005 e 2009. Já em 2011, depois de publicamente conhecido o montante do
empréstimo ao banco, Lima corrigiu a declaração alegando que tinha sido um
lapso.
José Carlos Igreja
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