sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Jogos de enganos, histórias de equívocos, amores serôdios, canções populares.
Era assim o cinema do Estado Novo.

A caixeirinha Tatão estreia a 19 de Setembro de 1941. A história era simples, Tatão convencia-se que o Chico Mega era fidalgo e aspirando a ser uma senhora fina, não se apercebe que era apenas um ensaio de uma peça teatral. Acabam todos alegremente a caminho da esquadra, cantando e rindo.
Como se alguém fosse nessa altura alegre para uma esquadra da policia.

Ainda hoje é um dos grandes exemplos do cinema dessa época.
Apesar da desconfiança, tipicamente tacanha de Salazar, António Ferro compreendeu q importância do cinema como via para passar a propaganda do regime.
As vedetas vinham do nacional canconetismo e do teatro de revista.

António Silva, Vasco Santana, Ribeirinho, Beatriz Costa, Maria Matos, Teresa Gomes…
Restavam as comédias, no país de brandos costumes, O Leão da Estrela, O Pátio das Cantigas, A Canção de Lisboa, O Pai Tirano, A Aldeia da Roupa Branca. Tudo “bom povo”, que se acolhia “na sua alegre casinha, tão modesta como eu”.

Um jogo de aparências e equívocos, á imagem e semelhança de Salazar.

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