quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tugólândia, Outubro de 1972.


Os estudantes da Faculdade de Economia desconfiam da presença da PIDE.
Levam-no para o anfiteatro e interrogam-no. Dois agentes da polícia aparecem para o levar.
Os estudantes protestam e um dos agentes mata um aluno de direito, Ribeiro dos Santos.
A notícia espalha-se e todas iniciam uma greve.
Durante o funeral a policia carrega sobre os estudantes, tentando impedir que estes levem o caixão da Igreja de Santos-O-Velho até ao cemitério dos Prazeres.
Os estudantes respondem com a distribuição de panfletos, concentrações de protesto em pontos nevrálgicos da cidade em hora de ponta. Os sindicatos juntam-se-lhes.

A polícia não gosta e contra-ataca.
A lei sindical é alterada, inicia-se a caça ao homem, são proibidas as reuniões sindicais.
Nos últimos anos do regime, o movimento estudantil intensificou a sua acção contra a Guerra Colonial.


11 de Outubro de 1973.
2 carros partem de Lisboa para Fátima.
No dia 12 de Outubro Fátima acorda pintada de vermelho com as palavras "Não vamos para a guerra" e "abaixo a guerra colonial", os peregrinos chegam e espantam-se...
As associações estudantis são assaltadas e encerradas pela PIDE, apenas a de medicina, por funcionar num hospital, foi poupada. As outras mudam-se para lá.


Sales Luís director do IST coloca máquinas de filmar no edifício e põe a polícia de choque na entrada, dando ordem de prisão a muitos estudantes.
Os estudantes revoltam-se e tomam o reitor refém em protesto. Vão para o telhado e destroem as câmaras.
Durante algum tempo permanecem "desaparecidos".


No dia 26 de Abril de 1974, os estudantes invadem o Conselho Escolar e expulsam Sales Luís.
Os estudantes fazem alas e Sales Luís sai do Técnico a ser insultado e cuspido.

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