sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nas esquadras da policia, no Aljube, nos calabouços do Governo Civil, no Tarrafal, em Peniche, na Rua António Maria Cardoso, no Limoeiro, e, Caxias.
Houve mais de 30 000 presos políticos na Tugólândia entre 28 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974.
O número de mortos situaram-se perto dos 1 000.


Os níveis de repressão e violência não ficaram atrás das outras ditaduras.
Foram principalmente comunistas, sindicalistas e antifascistas (apelidados de anarquistas). Recusavam a aceitação passiva da eliminação dos partidos, da liberdade, da supressão dos direitos humanos.


Era a época das prisões, da censura, da policia politica, dos tribunais plenários, das salas de tortura, da exploração dos analfabetos, da violência, das arbitrariedades, dos abusos de poder.
Alguns ainda hoje se mantêm...


O Tarrafal eram cerca de 3 hectares cercados por arame farpado: morreram lá 32 antifascistas.
A "frigideira" era um cubo de cimento de reduzidas dimensões com uma porta de ferro com 5 buracos do tamanho do dedo mindinho ao nível do solo, e uma abertura por cima da porta (quase sempre fechada). 
Ai eram metidos os presos descalços apenas com um casaco. A comida era escassa e intragável, a água inquinada e muitos mosquitos.
Tudo isto com torturas e trabalho numa pedreira. Se caiam eram levantados á porrada...


Bento Gonçalves, o 1º Secretário Geral do PCP morreu devido a estas circunstâncias, a 11 de Setembro de 1942.


Mas houve quem conseguisse fugir.
Em Janeiro de 1960 ocorre a famosa fuga de Peniche, incluindo Álvaro Cunhal, ou a fuga com o Mercedes blindado que Hitler ofereceu a Salazar.

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