sábado, 15 de fevereiro de 2014

APRESENTAÇÃO:
Os maiores grupos económicos portugueses dominam o Parlamento através das dezenas de parlamentares a quem garantem salários e consultadorias. Estes deputados colocam-se na posição ambígua que decorre duma dupla representação: do povo que os elegeu e das empresas que lhes pagam.
Discriminando:

 
Assim, quando o deputadoMiguel Frasquilhoaparece a defender em público  o Orçamento de 2014 em nome do PSD, fá-lo porque acredita que o Orçamento é bom para o País, ou porque este favorece a Banca, em particular oGrupo Espirito Santoao qual deve obediência,enquanto funcionário?
A discriminação continua:
A promiscuidade é, infelizmente, a regra. O presidente da comissão de Segurança Social,José Manuel Canavarro, é consultor do Montepio Geral, banco queatua na área da solidariedade...
  E continua::
Nasaúde, setor t ão sensível, odeputado Ricardo Baptista Leite, é consultor da Glintt Healthcare , empresa fornecedora de hospitais.
Continua:
Na área dadefesa, há interesses privados representados pelo atual presidente da Comissão de Defesa,Matos Correia, advogadono mesmo escritório que o seu antecessor na função, José Luis Arnaut, cujo principal sócio é o ex-ministro também da Defesa, Rui Pena.
   E continua:
Nacomissão de agricultura,Manuel Issac tutela, em nome do Parlamento, um ministério que, por sua vez, influencia a atribuição desubsídios a empresas agrícolas em que detém participações.

CONTINUA:
Também Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola e acionista da Zon,está representada no Parlamento, através do deputadoPaulo Mota Pinto, administrador daquela empresa de comunicações.
Atenção os deputados supra mecionados são todos do PSD, com a excepção do Ministério da Agricultura, que obviamente é do tal Partido Unipessoal (PP/CDS).
A lista é interminável e assustadora.
Mas, mesmo assim, no debate sobre regime de incompatibilidades que há dias teve lugar no Parlamento, os deputados que transformaram a Assembleia, a casa da democracia, num escritório de negócios e favores, nem se dignaram a aparecer para se justificarem.
Para restaurar alguma higiene democrática, exige-se que os deputados promíscuos se decidam: abandonem os cargos que ocupam em empresas que recebem benesses do Estado ou saiam do Parlamento cuja dignidade arruínam.
Se o não fizerem de modo próprio, nem forem censurados pelos seus pares, terá chegado a hora de pedir uma investigação, a toda a Assembleia, pelo crime de tráfico de influências.

DESTES SENHORES NÃO SE PODE CONFIAR NO QUE DIZEM E CUIDADO COM AQUILO QUE FAZEM!...
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Paulo Morais (ex-membro do PSD)
Professor universitário

 

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