quarta-feira, 16 de março de 2011

É, portanto, no estado de “legítima defesa” que o governo oprime, persegue, pune e ás vezes mata o indivíduo, ajudado nisso por todas as instituições cujo fim é preservar a ordem existente. Ele recorre a todas as formas de violência e é apoiado pelo sentimento de “indignação moral” da maioria contra o herético, o dissidente social, o rebelde político; esta maioria a quem inculcou desde há séculos o culto do Estado, que foi criada na disciplina, na obediência e na submissão ao respeito da autoridade, cujo eco se faz sentir em casa, na escola, na Igreja e na imprensa.
O maior baluarte da autoridade, é a uniformidade; a menor divergência de opinião torna-se, nesse momento, o pior dos crimes. A mecanização em grande escala da sociedade actual arrasta a um acréscimo de uniformização. Encontramo-la por todo o lado presente nos hábitos, nos gostos, na escolha do vestuário, nos pensamentos, nas ideias.

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