segunda-feira, 25 de julho de 2011

Como hoje os políticos enganam o povo com discursos medíocres.
A democracia hoje tem por base a exploração, a especulação e a corrupção.
O preço é a miséria, moral, cultural, económica para a maioria das populações, os mais fracos, ou que se julgam assim.
A perda de liberdade, a opressão, vieram para ficar, pelo menos por uns tempos.
Não há liberdade onde há fome. E um homem com fome é um se desesperado. E o desespero é explorado.

As minorias são silenciadas com a conivência das elites politicas.
Não há nada de mais destruidor de vidas humanas do que a convicção fanática.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como a direita se apropria da palavra povo, e a esquece mal se senta no poleiro.

Sabem porque a Europa está a falhar? Porque a Europa de hoje deixou de ser o continente da cultura, para se tornar igual á América.
Tanto sofrimento inútil…
Quanto mais morte em nome do mercado global e do liberalismo?
Quanto mais pobreza?
Quanta mais humilhação para quem tenta sobreviver?

O amor é tão subtil e tão devastador, é transversal a todos os povos.
E porque razão não nos une?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O pior defeito dos portugueses é o servilismo e a arrogância juntos, são a face aos superiores dóceis e submissos e autoritários com os inferiores.
O mal está dentro de cada homem, na sua ambição, na sua necessidade de controlar.

Enganem-se os portugueses que pensam que o dinheiro que vem do FMI e do Banco Central Europeu, vem para nossa salvação.
Ele vai dispersar-se pelos mesmos, os banqueiros, as elites dos partidos e seus acólitos, pelos patrões já de si ricos em conluio com os políticos.

Os políticos não vem os pobres como pobres, com as suas carências e necessidades, vem-nos como uma cambada de estúpidos, meliantes, canalhas, sem educação, carne para canhão, mulas de trabalho de que eles se servem para explorar e enriquecer.
Os políticos continuam a tratar Portugal como se ele fosse o seu quintal próprio, e os portugueses como aqueles que tem obrigação em o cuidar.
E tratam o povo como um cão piolhoso.
Eles estão tão preocupados com as suas casas, as suas festas, os seus negócios, que desprezam-nos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

HISTÓRIA DE PORTUGAL MUITO CONDENSADA:


Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe
E acabou por se vingar na pandilha de mauritanos
que vivia do outro lado do Tejo.



Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer
e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero
porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.

Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei,
bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada,
apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data
que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão
e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho
que era dado aos desportos náuticos.
De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render
e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão
com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Lourenço Marques, Ormuz,
Calecute, Malaca, Timor e Macau.





Quando a coisa deu para o torto,
ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação
e resolveu ir afogar as mágoas,
provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.

Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou
de tomar conta do estaminé até chegar outro João
que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil
e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro menos,
as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar
numa manhã de Novembro.

Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo,
já estava tudo arranjado outra vez,
graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage
e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.





Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar
se podia ficar com isto. Levou com os pés dos ingleses que queriam o mesmo.
Outro João tinha dois filhos e queria pôr o Pedro a brincar com o irmão mais novo, o Miguel,
mas este teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão
que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano
que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa
E foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos
quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço.





O pessoal assustou-se com o barulho, escondeu-se num buraco e vieram os republicanos que meteram isto numa guerra onde ninguém nos queria.
Na Flandres levámos tiros que fartou
disparados por alemães. Ao intervalo, já perdíamos por muitos
mas o desafio não chegou ao fim porque uma Senhora vestida de branco
apareceu a flutuar por cima de uma azinheira
e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos
e mais tarde em beatos.

Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado
mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa
mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.





Comunistas dum camandro!
Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo
e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite
e um molho cravos em cima do assunto.
Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel
que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira
numa exposição mundial e mamar uma seca da Grécia na final do futebol.

E o Cavaco ?
O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo...



 E depois já você conhece a história toda, perdido o Ultramar metemo-nos na toca da Europa e pedimos asilo à CEE que depois mudou para U.E. (União Europeia) que mandou pra cá uma fortuna que não soubemos administrar, pois o dinheiro foi parar a bolsos de malandros e vigaristas. E depois de vários des...governos eis que surge um dirigido por um tal de nome grego, que se viu metido em truques golpistas, e isto caiu na bancarrota, e lá fomos pedir "batatinhas! ao FMI (um banco que resolve os problemas dos pobres paises aflitos) ....Depois apareceu um tal de Coelho que deu Passos para pôr fim à rebalderia, e lá se foi outra vez para eleições cujo resultado fez cair o tal grego, que ficou pior que estragado e agora diz que não quer jogar mais aos policias e ladrões e vai descansar para a Caparica por largos anos.



E AGORA TEMOS QUE PENAR PARA PAGAR O QUE DEVEMOS AO TAL DE FMI  E ISTO VAI FICAR NEGRO. SÒ NOS RESTA AGUARDAR SE O TAL DE COELHO VIRA EM CAÇADOR E COMEÇA A DAR UNS TIROS NOS" PATRIOTAS" QUE INFESTAM ESTE TORRÃ0IZINHO À BEIRA-MAR PLANTADO, E ENTRETANTO TEMOS MUITO QUE REZAR À TAL SENHORA DE BRANCO QUE APARECEU NUMA AZINHEIRA, PARA NOS AJUDAR A SAIR DESTA ENCRENCA !!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Portugal

Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!

                               *

Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há “papo-de-anjo” que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para o meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...

Alexandre O’Neil